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Previdência Privada - Fazer ou não fazer, eis a questão?



Eu poderia aqui citar vários motivos para se ter uma previdência privada, essa modalidade de investimento que vem sendo bastante debatida atualmente, mas vou fazer melhor do que isso. Vou te ajudar a ter discernimento sobre a conjuntura atual do nosso país com relação a previdência pública, modalidades disponíveis desse tipo de veículo no mercado e indicar algumas recomendações para você ter mais conhecimento e escolher o modelo mais adequado para você.

Vamos a conjuntura atual:

Todo mundo sabe que a previdência pública está muito indefinida e correndo sérios riscos de no futuro não garantir as condições mínimas para se viver com dignidade conforme os termos que estão na proposta de Reforma da Previdência que está sendo discutida no Congresso. O trabalhador já sabe que, salvo algumas exceções ou eventuais alterações no texto proposto, terá que trabalhar por 40 anos se quiser conquistar aposentadoria integral. Além disso, com as mudanças nas regras, prazos e alterações no cenário econômico e do mercado de trabalho, não teremos garantias para prever qual será a sua renda no futuro e nem em que prazo isso vai chegar. Diante de um cenário tão nebuloso é fundamental se antecipar e tomar as rédeas do seu destino sem depender do governo. Temos que encarar portanto o INSS cada vez mais como um seguro social, pois oferece benefícios importantes para situações inesperadas, como pensão por morte ou auxílio no caso de invalidez, mas não como garantia de unica fonte de renda no futuro. Olhando dessa maneira você terá que construir sua própria carteira de previdência que te gere renda complementar e que vai garantir mais tranquilidade no futuro na melhor idade.

Variáveis a serem consideradas e contexto do mercado:

Alguns aspectos devem ser considerados antes de qualquer decisão:

  • Avaliar Taxa de administração do plano

  • Modalidade a ser escolhida (PGBL/VGBL)

  • Tabela Regressiva ou Progressiva

  • Tipo do fundo de previdência (Renda Fixa / Multimercado / Renda Variável)

  • Saber exatamente se possui alguma outra taxa extra embutida, como taxas de carregamento ou de performance

Nesse sentido vamos a algumas considerações com relação a taxa de administração e qualidade dos fundos, por exemplo: Por mais incrível que isso possa parecer, os maiores fundos de previdência privada do país ligados principalmente aos grandes bancos, vamos falar dos Top 10 - Planos de Previdência Privada que figuram entre os 3 maiores bancos do país ( Banco do Brasil, Itaú e Bradesco). Todos eles sem exceção, possuem taxas de administração incompatíveis com a sua performance e perfil do fundo e não rendem nem o CDI. (Fonte: Matéria 08-05-19 - Valor Investe: Os dez maiores fundos de previdência do Brasil rendem abaixo do CDI).


Fonte: Magnetis, com dados da Anbima (16/4/19)

Existem fundos, por exemplo, com taxas de administração entre 1,5% a 2,2% a.a que são fundos essencialmente de renda fixa (Títulos do Tesouro Nacional) e que mesmo assim, cobram taxas elevadas e não entregam nem mesmo superar o CDI (cerca de 6,40% a.a). O que isso quer dizer? Que esses planos de grandes bancos simplesmente estão lucrando em cima de seus cotistas em troca de baixos retornos. O mais assustador, pasmem, é que uma grande maioria das pessoas que têm planos de previdência privada não sabem exatamente o valor das taxas de administração que pagam pelas suas previdências privadas, não sabem quais são as taxa embutidas no plano, não têm conhecimento sobre qual o tipo de fundo que elas investem (Renda Fixa, Variável ou Multimercado) e muito menos qual o desempenho desses fundos se estão compatíveis com seus objetivos e perfis.

Essa é uma dura realidade, mas que está mudando com o surgimento de corretoras e segurados independentes que estão oferecendo planos mais bem estruturados e com taxa de administração mais justas e competitivas. Os custos dos planos de previdência vêm caindo bastante com essa competição. Os bancos estão eliminando as taxas de carregamento e reduzindo as taxas de administração dos fundos, o que torna esse produto mais atraente. Outro fator que está mudando esse cenário é que as pessoas estão começando aos poucos a se informarem mais com o advento das redes sociais, ficou mais acessível às pessoas se conscientizarem melhor dessas variáveis e pesquisarem mais antes tomar sua decisão.

Modalidades de Planos de Previdência Privada:


Objetivamente temos dois tipos de Planos de Previdência são eles: o PGBL e o VGBL.

PGBL(Plano gerador de benefício livre) : destinado a pessoas que fazem a declaração de Imposto de Renda de forma completa e que sejam contribuintes de uma previdência oficial (INSS). O limite de isenção da base de cálculo é de 12% da renda bruta tributável. Fazer aportes apenas até esse limite ou o cliente pagará IR duas vezes.


VGBL(Vida gerador de benefício livre): todos as pessoas que não se enquadram na categoria descrita para PGBL. Exemplo: não declarante IR, não contribuinte de previdência oficial (INSS), tenham apenas recebimentos não tributáveis, etc.

Regressiva ou Progressiva?


Além de escolher qual tipo plano você vai investir, você também terá que decidir qual a tabela de tributação do IR, se regressiva ou progressiva. Na tabela progressiva, os resgates ou rendas serão tratados como renda tributável, somando-se às demais rendas desse tipo e com alíquotas que chegam a 27,5% hoje. Na tabela regressiva, os resgates ou rendas serão tributados de forma definitiva, com alíquotas que vão de 35% e reduzindo com o tempo do plano até que chegam a 10%, após 10 anos.

A tabela progressiva só é indicada para quem imagina ter baixa renda tributável no futuro (incluindo os resgates e rendas), ou ainda para quem pretende ter os investimentos por pouco tempo, o que não é recomendado para produtos de previdência privada. A tabela regressiva é, portanto, indicada para a quase totalidade das pessoas, uma vez que tem alíquota regressiva, que chega a 10% após 10 anos.



Ah Alexandre você falou... falou... e não respondeu a questão principal. Fazer ou não fazer?

Bem, o assunto é realmente muito complexo e tive que contextualizar melhor para que você mesmo possa ter noção da quantidade de variáveis as quais vai se deparar quando for tomar essa importante decisão. Na minha opinião toda pessoa precisa construir uma carteira de previdência que possa complementar no futuro sua renda para que ela seja compatível com suas necessidades e padrão de vida desejado, pois diante desse cenário que descrevi no início do artigo, provavelmente a sua renda no futuro não seja equivalente com a sua renda atual na ativa, se você for depender apenas da Previdência Pública-INSS.


Vantagens:

  • Desconto no IR: Quem opta pelo PGBL pode abater até 12% da renda bruta tributável anual no Imposto de Renda.

  • Planos não têm o chamado “come-cotas”: Tanto PGBL quanto VGBL são isentos do chamado “come-cotas”, cobrança semestral de IR que incide sobre o rendimento de outros fundos de investimento comuns (como os fundos de renda fixa e multimercados) nos meses de maio e novembro. O investidor só será tributado quando houver resgate do dinheiro aplicado.

  • Previdência privada não entra em inventário e não paga ITCMD(Imposto sob Transmissão Causa Mortis e Doação): Outra característica é que os planos de previdência privada (PGBL e VGBL) podem ajudar na transmissão de patrimônio. Assim, em caso de morte do titular, o dinheiro acumulado costuma ser liberado rapidamente aos beneficiários, que são informados pelo titular no momento da contratação do plano. Facilidades sucessórias (flexibilidade, custos, rapidez).

  • Ajuda as pessoas indisciplinadas com investimentos: Os planos de previdência privada são uma boa opção para pessoas que não têm disciplina para juntar dinheiro todo mês por conta própria já que podem escolher contribuir de forma automática no débito em conta.


Vamos as considerações finais:

1) Eu como planejador financeiro posso te ajudar a tomar a melhor decisão com base no seu perfil e objetivos. Através de uma boa conversa, entendimento do seu momento financeiro atual e objetivos no futuro, será possível escolhermos adequadamente qual o tipo de previdência privada que se encaixa com você.

2) Se você já tomou essa decisão a algum tempo atrás e contratou uma previdência privada sem considerar nenhum desses critérios que citei. Tenho uma excelente notícia pra você. Existe um mecanismo hoje na legislação que permite você fazer a portabilidade desse plano para qualquer outra instituição que você escolher sem custo algum, é possível executar a migração de um plano para outro (desde que um VGBL para outro VGBL ou PGBL para PGBL), sem que seja necessário sacar os recursos e aplica-los novamente, não gerando imposto a pagar e mantendo o prazo de acumulação no caso da tabela regressiva. Basta solicitar ao administrador do plano de destino a portabilidade, fornecendo as informações necessárias e tudo é feito automaticamente. Quem já tem um plano e optou pela tabela regressiva não pode alterar sua escolha. Já quem optou pela tabela progressiva pode alterar a qualquer momento, mas o tempo começa a contar a partir da mudança e não do início do plano ou dos aportes.

3) Na FIDUC empresa de Planejamento Financeiro a qual sou sócio e planejador financeiro podemos te ajudar tanto na contratação de um plano de previdência mais adequado como te ajudar na portabilidade do seu atual plano para um instituição mais adequada. É só falar comigo que eu te explico melhor.

Caso você tenha dúvidas ou interesse em conversar mais sobre o seu planejamento financeiro, sobre seus investimentos ou mesmo em relação a sua previdência privada clique no link aqui que teremos o maior prazer em atender você e ajudar.

Se você também conhecer pessoas que precisem dessas informações ou orientações de um planejador financeiro não deixe de compartilhar esse artigo ou comentar aqui.

Obrigado pela sua atenção e leitura. Espero ter ajudado você. Forte Abraço e até a próxima.

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